Pages

18 de janeiro de 2014

Resenha #1 Um Homem de Sorte - Nicholas Sparks





Título/Título original: 
Um Homem de Sorte / The Lucky One
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Novo Conceito
Ano de lançamento: 2011
Status: Livro único
Páginas: 352
Skoob/Goodreads: Link1 / Link2
Onde encontrar: Saraiva, Submarino, Americanas




Tibault é um ex-fuzileiro naval que foi enviado ao Iraque, três vezes, e sobreviveu enquanto o seu pelotão sofria baixas constantes. Por mais que ele não queira ou não consiga acreditar, foi sorte. Melhor, foi destino e sorte. Graças a uma fotografia.

De volta a casa, dispensado do serviço como fuzileiro, Logan Tibault não vê mais sentido em sua vida, no que as pessoas fazem ou falam à sua volta. Não é possível ter uma vida comum depois de ter estado em uma guerra. Depois de um reencontro com o amigo Victor, também ex-fuzileiro, Logan tenta aceitar a ideia de que deve sua sobrevivência à fotografia, ou nesse caso, à moça da fotografia: E. Talvez para se convencer, talvez para compreender o que deve fazer Tibault pega a estrada e vai a pé do Colorado à Carolina do Sul, na companhia de Zeus, seu pastor alemão.


Esse , meus caros, é o pontapé para uma história envolvente e densa em suas reflexões. “Um homem de sorte” é o primeiro romance do Nicholas Sparks que li [estou imaginado muitas carinhas surpresas e abismadas ao ler isso] e, sinceramente, estou me perguntando porquê tanta procrastinação!



“Beth percebeu uma verdade bem simples: às vezes as coisas mais ordinárias podem transformar-se extraordinárias, simplesmente se realizadas pelas pessoas certas”

A narrativa em terceira pessoa e marcada por diferentes pontos de vista é uma excelente estratégia para dar consistência aos acontecimentos sem perder o sentido, além de permitir uma visão global da história. Nicholas faz um excelente uso dessa estratégia de narração e, com um jeito próprio, constrói uma obra incrível!

As personagens são marcantes: a sabedoria bem humorada de Nana, a contrição e encantos de Logan, a genialidade infantil de Ben, o ego irritante de Clayton, o gênio e a docilidade de Beth, a lealdade e graça de Zeus. Todos muito presentes, alguns extremamente amáveis, outros inteiramente odiáveis e também há aqueles com a tendência de ficar em cima do muro dos sentimentos [Isso não tem uma cara de “mocinha”? Pois é.].

“- Você me pegou.
-Peguei mesmo.
-Pensei que tivesse melhorado meu jogo.
- E melhorou.
-Até?
- Até a segunda jogada.
Logan riu. – Piada de enxadrista?
- Há várias piadas desse tipo – disse Bem, obviamente orgulhoso de si mesmo.”

A forma como o romance é construído... Sparks faz jus à fama! Lentamente e, ainda assim, pegando fogo. O conflito do livro é bem sutil, do tipo que te incomoda, mas não te traz ira ou desespero. Fica ali, atenuado, até o clímax! A história flui muito bem, eu me envolvi tanto com os personagens que, volta e meia, ficava dando sermões e com aquela intuição: “Fulano, você fez merda de novo?!”, mas o ápice fica guardado para os últimos 6 capítulos: curtos e intensos. Aliás, que susto eu tomei naquele Epílogo! Que final!

O melhor é que, durante a leitura, você não pode evitar as reflexões sobre o fato de suas escolhas serem suas ou a necessidade de cumprir algo maior. Também, a precisão de deixar as pessoas que você ama felizes e seguras, a vontade de estar com elas... São aspectos que se intensificam muito no leitor.

Adorei as cenas com a Nana e com o Zeus, talvez meus personagens favoritos por serem cheios de uma sabedoria e uma alegria especial. E também a passagem do sorvete caseiro... para mim foi tocante e muito expressiva dentro da história.

“Beth apontou para a televisão. – Como está indo o Braves hoje?
-Parece um maço de cenouras.
-Isso é bom ou mal?
-Cenoura sabe jogar beisebol?
-Acho que não.
-Então, você já sabe a resposta.
Beth sorriu ao ir para a cozinha. Nana ficava meio irritada sempre que o Braves estava perdendo.”

Desculpem-me se a resenha ficou um pouco vaga, com muita opinião e poucos fatos concretos sobre o livro, mas não vou conseguir ser mais precisa sem soltar spoilers sobre os acontecimentos ou sobre cenas que, para serem especiais, precisam do ineditismo da leitura.

A verdade é que “Um homem de sorte” é para ser lido, sentido, vivenciado e refletido.Então, meus caros, não tenham receio de lê-lo na primeira oportunidade que tiverem, ou criem essa oportunidade porque vale a pena.


Avaliação

Agora, acho que minha próxima leitura precisa de uma carga de fantasia... Mas, definitivamente, preciso de mais Nicholas Sparks! [risos]

Vejo vocês por aqui, meus queridos! 



2 comentários:

  1. Vi o filme por influência de alguém muito especial... Inclusive esse alguém nunca vê um bom filme e fica sem ir em busca de sua versão literária, o que denota sabedoria... O fato é que mais uma vez fui seduzida...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom, eu recomendo mesmo que leia o livro. O filme é bom, realmente. No entanto, como na maioria dos casos, nem se compara ao livro... muito mais profundo e cativante. Ah, mas é verdade... eu não conseguia imagina o Logan diferente do Zac Efron! \o/

      Excluir

Deixe aqui sua opinião, sua crítica, sua sugestão! Seu comentário é muito importante!

Clique em Notifique-me, para ficar de olho nas respostas!

Obrigada por comentar e aproveite sua visita!