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4 de fevereiro de 2014

Resenha #4: A Seleção - Kiera Cass

 
Título/Título original: 
A Seleção / The Selection
Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Ano de lançamento: 2012
Status: Livro em série
#1 A Seleção
#2 A Elite
#3 A Escolha
Páginas: 368
Skoob/Goodreads:
 Link1 / Link2
Onde encontrar:



Li A Seleção há algum tempo, esses dias resolvi relê-lo para então seguir com a leitura do segundo volume, A Elite. Anteriormente, eu havia ficado surpresa pela agilidade com que a primeira leitura fluiu, e dessa vez não foi diferente. Se não fossem as tarefas cotidianas, posso jurar que teria terminado o livro em menos de um dia. De qualquer forma foi isso: Um dia. É um livro leve e agradável: a história, a linguagem, os personagens. Foi uma ótima escolha para o meu fim de semana, estava mesmo precisando de algo assim. Dei boas risadas com o livro! 

A história se passa num tempo após a Quarta Guerra Mundial quando altamente endividado os EUA foram ocupados como o Estado Americano da China. Depois de sofrer com invasões da Rússia, as nações da América do Norte uniram-se como um país que foi reconstruído “com muito pesar” sob a liderança do ilustre Gregory Illéa. Assim nasceu Illéa, com uma sociedade dividida em castas de um a oito - quanto maior o seu número, pior a sua situação.

Então, chegamos à Seleção. Para mostrar a união de Illéa como uma nação forte, o Príncipe deve se casar com uma filha de Illéa, uma moça de casta inferior. Assim, 35 garotas – uma representante de cada província – são sorteadas para viver uma temporada no palácio, honrando Illéa e competindo pelo coração do príncipe e pela coroa. O homem da vez: Príncipe Maxon.

A história vai ser narrada por America Singer, uma Cinco, uma artista, que trabalha para ajudar os pais a sustentar a casa e juntar dinheiro (secretamente) para o seu casamento com Aspen Leger.  Ele é um Seis, um ajudante, e por isso trabalha muito mais do que América possa imaginar e tem menos o que comer do que America jamais não teve, por isso o casamento deles é caro e burocrático. E os pais dela não saberem do namoro também faz parte do problema.


Esses momentos secretos bastavam para me dar forças para enfrentar tudo o que estava por vir: a decepção da minha mãe por eu não ter sido escolhida, o esforço para ajudar Aspen a juntar dinheiro, a confusão que explodiria quando ele pedisse minha mão ao meu pai, e todas as outras batalhas que enfrentaríamos depois de casados. Nada disso importava, desde que eu tivesse Aspen.”


O dilema piora quando America recebe o formulário para a Seleção e sua mãe – a quem ela chama de “alpinista de castas” – tenta convencê-la a preenchê-lo. Evidente que America se recusa e só depois de promessas e subornos ela o faz, com a certeza de que não será sorteada. Sorteada? Imagina?!

Pois é, mas ela é sorteada e, vejam só, America se sente esperançosa por estar participando da Seleção. (????????) Não, calma! Não é viagem. Ela se sente assim porque está com o coração partido, despedaçado, em frangalhos... Okay, menos. E o mais inesperado para America: Maxon é o completo oposto do que ela esperava!


“Só que Maxon ficava travado demais naquela cadeira. Parecia tenso. Seus cabelos brilhantes eram perfeitos demais, seu terno sob medida estava engomado demais. Era mais uma pintura que uma pessoa. Cheguei a ter pena da garota que ficasse com ele. Aquela devia ser a vida mais chata que alguém poderia imaginar.”


A trilogia é classificada como diatópica, mas essa não é exatamente a sensação que a leitura passa. Hum... podemos melhorar isso.  Há a questão das castas, onde a maioria da população passa fome, é castigada cruelmente, tem muitas privações e não podem encontrar uma oportunidade. São as leis para a prosperidade do país (?). Certo. Entretanto, as “questões do coração” crescem e se repetem tanto que a realidade distópica é... minimizada, sendo relembrada esporadicamente. Minha opinião: é um livro bom, mas não está entre os melhores do gênero.


Ali, onde eu parei de contar sobre a história (America sendo selecionada e etc.) é que começa essa confusão dos gêneros. É uma constância de “meu coração está partico” e “meu coração está confuso”... Não de uma forma chata, melosa ou irritante. Não. É divertido e você acaba se solidarizando por ela. O problema é que as vezes parece que você está tão imerso no “conto de fadas” que só vai se lembrar do drama real quando a America tem alguma crise de “consciência social” ou então durante algum ataque ao palácio. Ah, é! Devo dizer que o palácio sofre constantes ataques de desordeiros e vândalos, rebeldes que desestabilizam Illéa de dentro. Aliás esse era um dos motivos pelo qual America abominava participar da Seleção.

Para ser franca, eu gostei do livro e o(s) ramance(s) é(são) fofo(s), e a amizade de Meri e Marlee é uma delícia, e até a Celeste sendo odiável é legal. Mas minhas cenas favoritas envolviam os rebeldes! A questão dos rebeldes me deixa muito intrigada e as aparições deles são, realmente, pontos altos do livro, tensos e bem explorados naquelas circunstâncias. Era a oportunidade de satisfazer algumas curiosidades sobre Illéa, aguçar o mistério da história, e também era quando a America, normalmente, mostrava o melhor de si.


Era uma teoria intrigante. Se eu não tivesse um centavo e soubesse como invadir o palácio, acho que pegaria todas as joias que encontrasse, qualquer coisa que pudesse vender. Aqueles rebeldes deviam ter em mente mais que mera afirmação política ou sua própria sobrevivência quando invadiam o palácio.”


Vocês devem estar achando que eu não suporto a ela, né? Bom, não é exatamente assim. America inicialmente deu a impressão de ser chatinha... do tipo de mocinha que perde a cabeça por causa do amor. Primeiro com sua paixão por Aspen e depois por seu coração partido. Devo confessar que foi um grande alívio quando ela resolveu tentar superar tudo aquilo. Passei a admirá-la mais desde então, afinal não era fácil lidar com todas as consequências que a Seleção trariam para sua vida, independente do resultado. Ela foi forte, centrada, engraçada, exaltada, espontânea, disposta e amiga. Além disso, ela admite seu gênio difícil e seus defeitos o que foi uma surpresa muito agradável. Eu ficava imaginando como era difícil passar por tudo isso longe da família, me sentia no mesmo lugar dela por esse ponto de vista.


Ficava um pouco desconcertada quando falavam assim, mas... Minha mãe, May, Mary... era difícil acreditar na quantidade de gente que pensava que eu daria uma boa princesa. Por acaso eu era a única pessoa a ver meus defeitos? Não era refinada. Não sabia ser mandona nem superorganizada. Na verdade eu era egoísta e geniosa, e não gostava de aparecer na frente dos outros. Não era corajosa, e esse emprego exigia coragem. Sim, emprego: não se tratava só de um casamento, mas de um cargo."


Voltando aos rebeldes, sinto que sabemos muito vagamente sobre eles, espero que Kiera desenvolva melhor esses aspectos nos próximos livros. Bom, os inesperados acontecimentos finais que foram surpreendentes, mas nem tão empolgantes, me deixaram tão confusa quanto America. Eu acho que teria considerado veementemente voltar para casa, mas não acho que teria a coragem de abandonar Maxon (e Illéa) com tantos problemas e decisões, mesmo que meus sentimentos estivessem um completo caos. Maxon demonstra que tem intenção de seu um líder dedicado e “mente aberta” (em partes); Marlee dá a entender que possui um segredo (Valeu Kiera, a parceria da minha curiosidade com a minha imaginação agradece); evidentemente, Celeste fica cada vez mais detestável; e no fim, Maxon agiliza bastante as coisas.

Quanto às personagens, a mãe dela é estressante, o pai dela é um doce, May irá te cativar com duas palavras e Gerard é um cuti-cuti rebelde. Marlee ganhará sua simpatia na primeira vez que for mencionada assim como Celeste despertará um nojo instantâneo. Aspen é do tipo que parece o lugar mais incerto, mas ainda assim forte, acolhedor e convidativo. Maxon é a ilha misteriosa para ser desbravada, tímido, dedicado e cativante. O rei Clarckson... Bem, a única razão para respeitá-lo é o título, já a rainha Amberly esbanja candura e sabedoria. Silvia pode ser irritante, mas você sabe que são os ossos do ofício. E as criadas de America... Como não adorá-las?

Meus momentos favoritos - juro que não vou dar spoilers, comentarei superficialmente – foram: a primeira vez que descobrimos sobre as moedas; a aposta; a questão dos livros de história, um aspecto muito importante para a estória eu creio;  as cartas da família de America; America protegendo Anne, Mary e Lucy; a conversa de America com Adele; o pronunciamento de Maxon durante o Jornal Oficial de Illéa.


Tentei engolir a gratidão e a admiração que sentia, mas derramei algumas lágrimas. Ainda estava consciente o bastante para quase ficar preocupada com a maquiagem borrada, mas queria tanto apreciar aquele momento que aquilo já não era uma prioridade.”


Alguém, então, pode estar se perguntando qual #Team eu vou dar suporte. Bem, não tenho preferência ainda. Sério, existem tantas razões para eu torcer para Aspen, quanto razões para torcer por Maxon. Então eu não consegui me decidir ainda, provavelmente isso é culpa da America. [risos] Claramente o livro teve muitos pontos altos e me envolveu, contudo não chega a entrar para meus favoritos. Enfim, recomendo que leiam A Seleção.

Avaliação:
 
                                                            

12 comentários:

  1. é um dos meus livros favoritos, sou #TeamMaxon, mas gosto do Aspem
    Luspen <3

    http://agarotadoolhoverde.blogspot.com.br/

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    1. Lucy e Aspen? É... uma opção. Mas acho que a Kiera ainda vai aprontar!

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  2. Olá,
    Linda resenha, ainda não li este livro (está na minha lista de desejo), você me deixou querendo ler ele ainda mais. Amei seu Blog, estou te seguindo Blog/FanPage.

    Venha me visitar, estarei te esperando.
    Blog: http://vivendomundos.blogspot.com.br/
    FanPage: https://www.facebook.com/blogvivendomundos

    Beijos, Lari.

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  3. Esse é um dos meus livros favoritos! Sou apaixonada pela história! Eu fiquei bastante em dúvida sobre que team eu era também, ainda mais depois de "A Elite". Eu saí de "A Seleção" certa de que eu torcia para o Maxon, mas isso mudou um pouco ao longo do enredo! Eu também adoro o pai de América - e também me estresso com a mãe dela! Coitada, não suportaria ter uma mãe assim!
    Beijos,
    Own mine

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    1. Gosto muito da história, mas ela é daquele tipo que se eu for pensar demais fico com um "novelo de gato" na cabeça! kkkkkkk

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  4. Amo essa trilogia. Sou #TeamMaxon e quero que ele seja feliz, mas se ele não ficar com a Meri eu entenderei. Também sou #Celespen, mas acho que Aspen fica com a Lucy.

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    1. Eu preferiria que o Aspen ficasse com a Lucy. Ela já sofreu um bocado e o Aspen sabe ser carinhoso e protetor. Celeste não merece o Aspen... Só acho.

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  5. Um ótimo livro.
    Como você mesma disse, é uma leitura leve e de fácil compreensão.
    Assim como a maioria dos fãs, torço por Maxon&Meri. E gostaria muito que o Aspen ficasse com a Lucy, ambos merecem ser feliz.

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