Olá queridos! Como vocês têm passado? Estão gostando das atividades que estamos realizando para a Ação? Espero que sim, porque eu e os demais blogueiros estamos muito animados com tudo isso! Para hoje eu preparei para vocês uma entrevista muito especial!
O convidado de hoje é o Marcelo Mússuri, além de muito talentoso, simpático e dedicado, ele foi o primeiro autor a se tornar parceiro do ATLT e isso me honrou muito por sua confiança! Espero sinceramente que essa amizade tenha te alegrado tanto quanto a mim, Marcelo! Vamos ver o que esse moço aventureiro e curioso tem a nos dizer?
Quem é? Marcelo Mússuri é carioca radicado na Bahia, pai de quatro meninos e apaixonado por história militar desde a infância. Numa tranquila manhã de domingo, sua esposa perguntou puxando assunto enquanto preparavam o café: "Se você tivesse a chance, o que realmente gostaria de fazer pelo resto de sua vida? Esqueça seus 36 anos e me diga o que faria se tivesse apenas 16!", concluiu com um sorriso. "Quero ser escritor". Desse dia em diante começou a escrever a trilogia Calicute e não parou mais.
ATLT: Qual a sua formação? História era
sua disciplina preferida na escola ou você descobriu isso posteriormente?
Marcelo: Sou publicitário. Já
entrei e saí da faculdade centenas de vezes. Administração, Adm. com Análise de
Sistemas, Finanças, Arquitetura e Direito foram algumas que iniciei e
abandonei. Sou muito curioso e escolher uma profissão só era um grande castigo.
A cada semestre surgia alguma estrada aparentemente melhor para seguir. Também
perco a atenção e o interesse mais rápido do que gostaria e isso acaba me
desmotivando a seguir em frente. Uma das coisas bacanas de escrever é que eu
posso viver várias vidas diferentes ao mesmo tempo. Hoje estou cursando
História e estou gostando muito.
Sim! Sempre gostei
muito de história.
ATLT: Como se envolveu com o contexto histórico para a criação de “A Casa de Avis”?
Marcelo: Os épicos são meus
favoritos. Acho que não escolhi o tema, ele que me escolheu, porque eu sempre
procurei uma aventura histórica ambientada à nossa realidade e que possuísse
uma áurea Arturiana.
ATLT: Quando começou a escrever? Quanto
tempo levou escrever “A Casa de Avis”, como foi essa experiência?
Marcelo: Quando eu era garoto,
ganhei um caderno e uma caneta para rabiscar. Lembro que escrevi um livrinho
chamado: As Aventuras do Gato de Pano. Contava a vida de um gato de pano que
vivia esquecido em cima do armário e ninguém ligava mais para ele. O livro era
tão ruim que a minha mãe jogou fora alguns meses depois. :D
Falando da Casa de
Avis: Demorei três anos entre a pesquisa e a publicação. Foi sensacional. Tive
a sorte de contar com todo o apoio necessário da minha esposa para seguir em
frente e no dia que recebi o livro prontinho aqui em casa, foi o dia que me
senti mais realizado e aterrorizado profissionalmente.
ATLT: Qual a sua inspiração para
escrever? Tem algum autor como referência?
Marcelo: Muitos! Acho que todos
os autores que já li até agora servem como inspiração. De certa forma a maneira
que contamos nossa história é influenciada por tudo que já tivemos contato.
ATLT: E quando as
distrações surgiam, a preguiça batia a sua porta e a inspiração lhe
fugia. Nessa hora, qual era/é seu refúgio?
Marcelo: Não tive problema com a
preguiça. Lembrar da minha esposa trabalhando para sustentar a nossa família e
esse meu grande sonho, já era motivo suficiente para mantê-la bem longe. Tomar
um banho, beber água e ficar cara-a-cara com o texto também são ótimos remédios
para não perder o foco.
ATLT: Pode dizer quais são os planos
para o direcionamento da Trilogia Calicute? Já começou a escrever o segundo
livro? Como foi/tem sido?
Marcelo: O que posso dizer é que
Jaime se transformou depois de tudo que viveu. Ninguém atravessa períodos de
tanta brutalidade sem trazer marcas profundas em sua alma. No livro II ele
embarca em mais uma aventura naval. Dessa vez junto a expedição Cabralina, só
que agora, o mal tomou conta dele.
Estou completamente
empenhado na finalização desse projeto. O objetivo é lançar um livro por ano. O
segundo está previsto para março de 2015.
ATLT: Como se sente estando inserido no
cenário literário nacional? Foi muito difícil no início com o processo
editorial e o público? O que você espera da produção literária brasileira?
Marcelo: Eu estou adorando essa
nova caminhada. Acho que mais difícil foi acreditar que era possível. Espero
que a cada dia o Brasil continue descobrindo o amor pela literatura.
ATLT: Você me disse certa vez que as
garotas têm sido mais corajosas em relação “A Casa de Avis”, por quê? Como tem
sido a relação com os leitores?
Marcelo: Você tem uma memória
boa! rsrs Sim! As garotas estão demostrando muita coragem e estomago forte para
as cenas de violência e batalhas. Confesso que quando escrevi, eu pensei que os
rapazes fossem se identificar mais com a história, mas com os relatos que tenho
recebido diariamente, as meninas não ficam atrás em coragem.
ATLT: “A Casa de
Avis” está chegando a Portugal, o que você espera como reação do público cuja
história do país você narrou?
Marcelo: Acho que vai ter gente que vai amar e vai
ter gente que vai odiar. É assim com tudo. A gente nunca vai agradar todo
mundo. O importante é que me esforcei para trazer uma nova perspectiva sobre
esses fatos tão importantes para a formação do nosso país e tentei fugir
daquela pecha comumente imposta pelo eixo anglo-saxônico. Os heróis brasileiros
e portugueses são tão fascinantes como quaisquer outros!
ATLT: Na infância, como era a sua
relação com os livros? Como foi o seu primeiro contato com a leitura?
Marcelo: Eu sempre gostei de
ler. Eu era tímido e preferia passar o intervalo da escola lendo na biblioteca.
ATLT: Sei que essa pode ser uma
pergunta difícil, mas qual o seu livro preferido?
Marcelo: Para mim não é difícil
dizer quais os preferidos, mas porque são os meus dois livros preferidos. –
Posso escolher dois, né? - Quando eu terminei de ler Gabriela Cravo e Canela de
Jorge Amado, lembro de ter ficado com um sentimento estranho de abandono. Nos
três, quatro dia seguintes, eu só pensava no livro e só queria falar sobre ele.
Fiquei com vontade de viver na Ilhéus do livro para poder participar da vida de
Nacib, Gabriela, Mundinho Falcão, Tonico Bastos, Quinquina e Florzinha e todos
os outros. Outro livro absurdamente marcante foi Azincourt do escritor
britânico Bernard Cornwell. Quando terminei de ler esse romance histórico
fiquei com vontade de morrer para nascer Bernard Cornwell.
ATLT: Qual livro nacional você
recomenda? Por quê?
Depois de responder a
última pergunta eu me considero um pouco suspeito. rsrsrs O importante é ler.
Julgar a profundidade e qualidade de uma obra, na minha opinião, é perder
tempo. O importante é começar e com o exercício da leitura, naturalmente o
leitor tende a refinar sua necessidade. Ninguém entra na academia levantando
todos os pesos. Então, é só começar a ler até achar o que vai tocar o seu
coração. Não existe certo ou errado na literatura, existe o que mexe com você.
Eu posso recomendar
três livros que de alguma maneira me marcaram. Feliz Ano Velho do Marcelo
Rubens Paiva, Cem Dias Entre o Céu e o Mar do navegador Amyr Klink e O
Alquimista, do Paulo Coelho. Eu era muito jovem quando li esses livros e cada
um à sua maneira me impulsionaram a continuar lendo.
ATLT: Conhecendo um pouco mais do
Marcelo, na visão do próprio Marcelo: Fale 5 coisas aleatórias sobre você!
Hahahaha Marcelo, foi um prazer te ter por aqui, diverti-me muito com suas respostas! Foi legal saber sobre seu primeiro livro, sobre o próximo livro que estou ansiosa por ler, sobre seus pensamentos, muito obrigada!
Espero que vocês tenham gostado também, queridos leitores, se quiserem conhecer um pouquinho mais sobre A Casa de Avis, não deixem de conferir a resenha aqui. Além disso, participem do sorteio para terem a chance de ganhar um exemplar autografado pelo Marcelo, além de outros livros!
Oiee ^^
ResponderExcluirJá tinha visto a capa desse livro na internet, mas nunca parei para conhecer melhor a história ou o autor. O livro não me interessou muito, apesar de eu ter gostado da capa, mas foi muito bom conhecer o autor. Não li nenhum dos livros que o Marcelo indicou, mas vou procurar saber mais sobre eles ^^
MilkMilks
http://shakedepalavras.blogspot.com.br
É um livro muito legal, Dryh! Entre os que ele indicou já li Feliz Ano Velho e gostei!
ExcluirEstou curiosa por esse livro, não é a primeira vez que vejo por isso estou animada para ler.
ResponderExcluirEsse livro parece muito bom, quero ler ele assim que possível =)
ResponderExcluirTambém já li Feliz Ano Velho e O Alquimista e gostei muito dos dois ^^
Adorei a tua entrevista, gostei do autor!
Beijokas
Lara - Magia Literária
http://www.magialiteraria.com/
Oiee ^^
ResponderExcluirGostei da entrevista , já li e resenhei o livro e achei bem interessante e envolvente a sua escrita . Estou aguardando ansioso ao próximo volume ;) Não sabia que iria chegar a portugal e já estou admirando bastante o sucesso do autor , ele merece ;) Espero ler em breve !
Desejo sucesso para você e para o autor
Beijos !
Já vi falar do livro do autor aqui em seu blog e em outras, mas eu ainda não sei se um dia vou ler o livro, pois não faz meu estilo.
ResponderExcluirFiquei feliz em conhecer um pouco mais sobre ele e desejo sucesso para ambos.
Beijos
http://fernandabizerra.blogspot.com.br/