Oi amigos!!! |
Hoje tem postagem em dose dupla pra vocês! Semana passada finalizei a leitura de "A Ilha de Kansnubra e o portal perdido" do Andrews Ulisses e também fiz uma entrevista com o autor, então hoje eu vou fazer um combo nacional para vocês: Resenha + Entrevista.
Para não ficar um texto muito grande eu fiz uma vídeo resenha do livro
Resenhas (vídeo e escrita)
Título/Título original: A Ilha de Kansnubra e o portal perdido
Autor: Andrews Ulisses
Editora: Novos Talentos
Ano de lançamento: 2013
Status: Livro em série
#1 O portal perdido
#2 Não divulgado
#3 Não divulgado
Páginas: 278
Onde encontrar: Saraiva
Bom, A Ilha de Kansnubra é um livro infanto-juvenil e conta a história de Garley um menino que por um acaso é transportado para uma ilha isolada no meio do Triangulo das Bermudas. Há anos ninguém entra ou sai da Ilha de Kansnubra, mas agora Garley está lá e ele quer voltar para casa, infelizmente, só tem um jeito disso acontecer, um plano muito complicado, praticamente impossível de se realizar: Garley precisa do portal, mas ninguém sabe o paradeiro dele. Para resolver esse mistério, o jovem vai contar com uma ajuda tamanho família.
Aldrich, Jhonny, Alix, Jorge, Laura e Alastor são bons cidadãos de Carolinda, uma cidade da ilha, e querem ajudar Garley a voltar para casa. Aldrich porque tem certa culpa em Garley ter ido parar ali e também porque encherga coragem e potencial no rapaz. Jhonny, porque é primo de Aldrich e possui alguns objetos que serão necessários para a caça ao portal. Laura é esposa de Jhonny e tem um grande coração, apesar de não gostar da ideia aventureira quer ajudar Garley. Alix e Jorge, filha e sobrinho de Jhonny respectivamente, ficam empolgados com a jornada e serão os primeiros amigos de Garley, e Alastor é um genioso dragão de estimação da família.
É um livro de grandes aventuras e transformações. Garley é um jovem com dificuldades de relacionamento no mundo "normal", seus laços se resumem à sua família, e de repente ele se encontra em um lugar completamente diferente de tudo que já viu, mesmo que não tenha sido muita coisa, com pessoas que querem ajudá-lo e lhe ofertam amizade. Mais do que uma busca pelo portal ou uma luta pela proteção da Ilha, é uma jornada de descoberta do próprio Garley: auto-confiança, sacrifício, lealdade, força. Garley irá se descobrir capaz.
Zallezeres é um poderoso mago que já foi guardião da Ilha, apesar de estar "desaparecido" é conhecido e temido por suas atitudes egoístas e perversas. Aparentemente é ele quem manipula o portal e condena os habitantes de Kansnubra ao confinamento. As pessoas vivem contentes, mas sob a sombra do medo. Muitas descobertas são feitas desde a chegada de Garley, afinal ele é o motivo de pensarem na possibilidade de reencontrar o portal. O problema vai muito além da necessidade de retornar o menino para casa e Garley tem mais ligações com a Ilha do que qualquer um podia imaginar!
Então o peculiar grupo. parte em uma aventura cheia de lutas, criaturas perigosas, perseguições, fugas, perdas, magia e descobertas. Uma ilha onde há magia pulsante, mesmo que estando rodeada pelo convencional mundo humano, pode ser muito mais ameaçada pelo que está dentro do que pelo que vem de fora.
Imagem retirada do site oficial do autor. |
"A Ilha de Kansnubra e o portal perdido" tem uma linguagem simples e uma narração fluida, apesar de ter achado algumas expressões um pouco repetitivas ou mal colocadas. É dividido em capítulos pouco extensos e conta com uma rica história de aventura, com personagens marcantes e um curioso mundo que funde misticismo e modernidade, chegou a me lembrar de Harry Potter pelo pouco que conheço, mas não posso falar com propriedade sobre isso. Há bastante ação e sabedoria em suas linhas, bem como situações e diálogos engraçados e possui um encerramento satisfatório, até surpreendente. É um excelente livro para o público infantil, mas também é capaz de agradar a leitores de todas as idades.
A diagramação interna proporciona uma leitura bastante confortável, mas penso que a arte da capa, apesar de bonita, ficou séria demais para o tom jovial da história. Houve erros de revisão perceptíveis que me incomodaram, e não é a primeira vez que percebo isso nos livros da editora. Esse é, inclusive, um aspecto que acho relevante ressaltar, sobretudo pelo contexto da Ação. Se queremos mesmo que os livros nacionais tenham reconhecimento, o mercado editorial precisa estar disponível e comprometido para que o material seja realmente bem qualificado.
Se quiser saber um pouco mais sobre o mundo mágico da Ilha de Kansnubra, características dos personagens e análises das mensagens que o livro transmite, podem conferir a vídeo-resenha:
E agora, que tal conhecer um pouquinho mais o Andrews e entender como surgiu Kansnubra e a história de Garley?
Entrevista com o autor
Quem é? Desde pequeno desenvolveu o gosto por livros de ficção. Aos dez anos começou a criar histórias em quadrinhos e aos dezesseis decidiu ser escritor. Já recebeu várias premiações em reconhecimento ao seu empenho pela arte, literatura e Língua Portuguesa. Estudante de engenharia de computação na Universidade de Sorocaba, é um cinéfilo, e gamer que aprecia viajar para conhecer novas culturas e costumes.
ATLT: Como surgiu a idéia de criar Kansnubra, os cenários, os seres, a fusão entre magia e tecnologias?
Andrews: Primeiramente agradeço a oportunidade desta entrevista. Bem, a idéia central veio do nada. Escrevi e finalizei um manuscrito em poucos meses e deixei de lado. Depois de algum tempo, relendo, percebi que faltava muita coisa, então comecei a reescrever. Fiz um esquema dos ambientes e personagens com suas principais características assim como dos episódios e fui separando por capítulos. O processo da narrativa foi acontecendo lentamente. Fui moldando e ajustando a historia me inspirando em cenas de filmes, livros e até mesmo fatos do meu cotidiano. Focava no capítulo e as idéias surgiam. Tentei mesclar magia com tecnologia sem me aprofundar.
ATLT: No processo de desenvolvimento das personagens, você teve alguma dificuldade ou já tinha claro em sua mente como seria a desenvoltura de cada um? Algum deles é inspirado em alguém que você conhece?
Andrews: Houve sim, um pouco de dificuldade, porém ao longo do processo da escrita fui desenvolvendo a personalidade de cada um conforme o meu modo de ver, observar e analisar pessoas e personagens de outras histórias, então todos eles tem um pouco de mim. A personagem Laura tem os traços de caráter e personalidade muito parecidos com os da minha mãe.
"Laura não é uma guerreira de armas como os outros integrantes da família. Alix e Aldrich exímios arqueiros. Jorge e Johnny esgrimistas natos. Sua força estava no amor pela família. Ela os mantém unidos e os incentiva a continuar. Acredito que ela era a detentora da arma mais poderosa.”
Palavras de Khrys Anjos. blogueira
ATLT: Quanto tempo levou para escrever A Ilha de Kansnubra? Houve muitos bloqueios criativos ou foi um processo tranquilo?
Andrews: Em torno de um ano e meio para escrever. Houve muitas idéias e mudanças de idéias. Reescrevi muitas vezes e tive dificuldade em desapegar e enviar para a crítica literária.
ATLT: Em geral, quando você está escrevendo e lhe falta inspiração o que você faz para sair da situação?
Andrews: Paro de escrever, começo a fazer outras coisas, só volto quando estou inspirado.
ATLT: Pela minha experiência de leitura, A Ilha de Kansnubra é um livro com um tom infanto-juvenil, pela forma que se dá a relação entre os personagens, pelos elementos escolhidos e até mesmo pela visão menos violenta em que foram moldadas as cenas de luta. Era a sua intenção escrever um livro para esse público, com essas pequenas demonstrações de respeito e consciência socioambiental através das ações das personagens?
Andresws: Escrevi a historia pensando que leitores de todas as idades podem aventurar-se no mundo da imaginação. Mas tomei o cuidado de adequá-la principalmente para o público infanto- juvenil.
Imagem retirada do site oficial do autor. |
ATLT: Na infância, qual era sua relação com os livros? Como foi seu primeiro contato com a leitura?
Andrews: Relação muito próxima. Por incentivo da minha mãe, livros e revistas infantis era o passatempo predileto meu e de minha irmã. Além disso, nas escolas que freqüentava também recebia muito incentivo e retirava com muita freqüência livros da biblioteca para ler. Minha irmã e eu competíamos para ver quem lia mais. Foi tantos livros, que é impossível lembrar o primeiro. Mas a primeira série foi Harry Potter.
ATLT: E a escrita, quando começou a aventura com suas próprias palavras?
Recentemente, Andrews foi indicado como membro da Delegação Brasileira na Academia de letras e Artes Valparaíso do Chile |
Andrews: Aos 10 anos. Gostava de fazer tirinhas, historia em quadrinhos. Fazia a diagramação, criava os personagens, desenhava e escrevia os textos, já com a intenção de publicar. Mas só aos 16 anos resolvi escrever um livro.
ATLT: Quais são suas inspirações para escrever? Tem algum autor como referência.
Andrews: J.K Rowling e Rick Riordan com certeza me influenciaram. Mas o que realmente me inspira a escrever é a meta que estabeleci. Quero finalizar a trilogia “A Ilha de Kansnubra”, depois pretendo escrever outros livros e criar outras histórias incríveis.
ATLT: Você começou a fazer publicações ainda muito jovem. Pode dizer quais são, na sua visão, os desafios para que um autor consiga ser publicado e conhecido no mercado literário brasileiro, especialmente numa situação semelhante a sua?
Andrews: Ser publicado não é difícil, existem aí muitos meios, muitas oportunidades. Oque é difícil é ser reconhecido e conhecido no mercado literário. Para chegar lá é necessário dedicação, conhecimento, divulgação, perseverança e principalmente não depender financeiramente disso. Resumindo é preciso ter muito gosto pela escrita.
ATLT: Nesse cenário literário que há hoje no Brasil, que tipo de elementos você acredita que podem ajudar a impulsionar e respaldar o reconhecimento das obras nacionais?
Andrews: Campanhas para incentivo a leitura de livros nacionais.
ATLT: Tem algum projeto a vista? Novos livros ou colaborações? Conte-nos um pouco!
Andrews: Estou escrevendo o segundo livro da trilogia “A Ilha de Kansnubra”, com a seqüência das aventuras de Garley. Está meio devagar, mas é por conta das provas e trabalhos da faculdade, pretendo lançá-lo este ano. Além disso, tenho tido participações em projetos que incentivam a Língua Portuguesa.
ATLT: Sei que essa pode ser uma pergunta difícil, mas qual seu livro preferido?
Andrews: Não tenho um livro preferido. Cada livro que li foi uma experiência diferente naquele determinado momento. Então não tem como comparar. Mas posso dizer que tenho preferência por aventuras e suspenses.
ATLT: Qual livro nacional você recomenda? Por quê?
Andrews: Recomendo todos. Uma pessoa é diferente da outra. Então penso que a opinião sobre um determinado livro, a pessoa só vai ter LENDO. Toda obra é única e tem o seu valor.
ATLT: Gostaria de deixar alguma mensagem para os leitores brasileiros?
Andrews: Sou também um leitor brasileiro e como a maioria dos leitores também tinha preferência pelos Best-sellers estrangeiros, mas mudei de opinião, hoje vou a livraria e busco a prateleira escondida dos nacionais - lá tem muito livros bons inclusive o meu.
Isso é tudo pessoal! Espero que tenham gostado da resenha e de conhecer mais o Andrews. Comentem o que acharam do livro, da resenha e das declarações do autor.
Queria agradecer ao Andrews pelo carinho e disponibilidade. E se você quer uma chance de ganhar um exemplar de "A Ilha de Kansnubra" participe da Promoção Especial Nacionais, até 07/06!
Estamos entrando na última semana da Ação, hoje é o último dia para enviar as respostas da Gincana, mas a diversão não para, fiquem ligados e participem da nossa TAG interativa: Copa dos Nacionais, além de muitas outras postagens especiais ainda nessa semana de encerramento!
Blogs participantes:
A Culpa é dos Leitores | A Thousand Lifetimes | As Leituras da Mila | Cantinho para leitura | Cicatrizes Literárias | Cupcake de letras | GeraçãoLeitura.com | La Vie d’Lee | Meu Amor Pelos Livros | Meu Mundo em Tons Pastéis | My Queen Side | O Maravilhoso Mundo da Leitura | Own Mine | Sem Querer Me Intrometer | Shake de Palavras | We Want Dreaming
Muito obrigado Daniela pela ótima resenha e vídeo e pela dedicação e apoio aos autores nacionais!
ResponderExcluirTodo o meu carinho e respeito. Um forte abraço e muito sucesso com o seu blog e na sua vida!
Muitíssimo obrigada pela confiança e pelo apoio, Andrews! Desejo que consiga cada vez mais ser bem sucedido!
ExcluirUm abração para você também!