"Eu acredito que no mundo podemos escolher como contar histórias tristes. Nós podemos aliviar e dizer que nada é tão ferrado que não pode ser consertado com uma música do Peter Gabriel. Eu gosto dessa versão da história tanto quanto qualquer garota. Ela apenas não é a verdade. Desculpa" Hazel Grace Lancaster
Título: A Culpa é das Estrelas
Título original: The Fault in Our Stars
Local: EUA , 2014 - 125 min.
Gênero: Drama / Romance
Direção: Josh Boone
Roteiro: Scott Neustadter e Michael H. Weber
Distribuição: Fox Filme
Trailer:
Não consigo encontrar palavras suficientes para dizer o quanto eu fiquei realizada com a adaptação de “A Culpa é das Estrelas”. Verdade, não estava muito contente com a divulgação brasileira inicial para o filme e até expressei isso em uma das postagens do blog o drama do pôster(:x), mas o trabalho da equipe norte americana foi muito bom no começo e só melhorou com a proximidade da estreia. Mas, questões de marketing a parte, a produção, diretoria, roteiro, sonoplastia, figurino, fotografia... Merecem muitas congratulações. O resultado final foi incrível!
Ou eu subestimei as indicações da crítica quanto aos lenços de papel, ou eu achei que estaria preparada o suficiente por já conhecer a história... Foi um terrível engano, porque, apesar de eu ter resistido bravamente aos momentos emotivos que estão bem distribuídos no início do filme, eu não consegui segurar a barra do meio para o fim.
A história de Hazel Grace Lancaster, 16 anos, com câncer de tireoide e metástase pulmonar, que detesta ir ao Grupo de Apoio e ama ler repetidamente “Uma Aflição Imperial” começa a ser contada de forma dinâmica, simples e acidamente bem humorada. Quando ela conhece Augustus Waters, 18 anos, em remissão de osteosarcoma há 14 meses, durante uma das reuniões no Coração Literal de Jesus as situações ficam cada vez mais interessantes. Então as pessoas são levadas a entender que essa não é uma história de amor, dor e morte. Essa é uma história de medos, descobertas, lutas, alegrias e sabedoria jovial. Um adolescente com câncer não é a doença, continua a ser uma pessoa, mais especificamente um adolescente.
Assim como o livro, o filme não foi feito para que você analise categoricamente as personagens e as relações entre elas e as atitudes que elas tomam... Não. Você precisa mergulhar nas sensações que, aliás, são reportadas com excelência pelo conjunto: atuação + roteiro + fotografia + trilha sonora. Citando metaforicamente o livro/filme: “Esse é o problema da dor, ela precisa ser sentida”.
Imaginem a minha alegria que não cabia em mim ao ver o texto do filme seguir exatamente o tom da narração do livro. Estavam ali praticamente todas as linhas escritas por John Green: os pensamentos de Hazel, as frases marcantes, as metáforas, os encorajamentos. O mais legal foi conseguir enxergar bem o que se passa em toda a cena. Como o livro é narrado pela Hazel nossa visão fica um pouco limitada, mas no filme a ambientação e a atuação em conjunto te traz um ponto de vista mais completo que é estarrecedor!
A forma como o Sr. e a Srª Lancaster estão sempre amparando a Hazel tem flashbacks! :'( , a maneira como eles reagem aos discursos da filha. A reação do Gus enquanto convive com a Hazel, nos dois momentos da história se é que me entendem. A cena na Casa de Anne Frank, por exemplo, superou todas as minhas expectativas e eu quase me afoguei em lágrimas com as colocações das passagens de “O Diário de Anne Frank” durante as cenas. Quando acontece o beijo, enquanto todos gritavam, eu vazava pelos olhos, ficando sem ar literalmente e pensando sobre o que estaria passando pela cabeça de Gus... E isso não foi nem o começo!
O filme é repleto de momentos marcantes que são muito bem reforçados pela presença ou ausência da trilha sonora. O humor sarcástico de que o livro e recheado traz o mesmo gostinho para as telonas de uma forma até mais envolvente devido à dinâmica de cena. Eu achei bem interessante e fofo a forma como eles retrataram a troca de mensagens entre Hazel e Gus. Aliás, Shailene e Ansel foram impecáveis! Nat Wolf e Willem Dafoe também representaram Isaac e Van Houten, respectivamente, com excelência. Todo o elenco teve uma postura genuína ao reportar suas personagens. Aplausos eternos, porque foram brilhantes!
É quase impossível dizer como esse filme foi fiel sem ser restrito, muito pelo contrário, sendo bastante grandioso. Mais importante ainda: o filme foi natural! Nada de correria e passagens desconectadas ou exageros. É extremamente confortável, envolvente e atingiu fundo os meus sentimentos. Da mesma forma que eu dava gargalhadas ou chorava e ria simultaneamente enquanto lia, aconteceu durante o filme e foi uma mistura de emoções e reações tão grande em mim que eu tinha que me esforçar para acompanhar ao menos as cenas, porque era impossível ler as legendas. Agradeci muito à minha pequena, mas útil, capacidade de entender inglês, nesses momentos.
É evidente que algumas coisas foram cortadas ou minimamente modificadas para condensar o roteiro sem perder a essência da história ou fazer com que ela se desenvolvesse com muita pressa. Por exemplo, a experiência de Gus com o tratamento do osteosarcoma, praticamente não foi reportada para as telonas; a adaptação do Isaac após a cirurgia também não teve muito espaço e nem a venda do balanço esteve por lá. Mas nada disso chegou a comprometer o desenvolvimento das personagens ou a história do filme. Falando sério, eu fico pensando em algum aspecto negativo e não consigo encontrar nada relevante.
Eu saí da sala de cinema ainda chorando copiosamente
A menina da lanchonete mal entendeu meu pedido, ou porque eu falava com dificuldade, ou porque ela ficou assustada demais com meu estado. A verdade é que eu levei bastante tempo para me estabilizar. O resultado dessa choradeira toda + o ar frio da sala de cinema foi meu sistema imunológico debilitado e um belo resfriado. \o/
Sabem aquela sensação de que algo é uma parte de você, e quanto mais você pensa nesse algo você se sente inteiro? É assim que me sinto com o livro há dois anos e é a mesma sensação que tenho em relação ao filme. Dessa forma eu digo que, pelos resultados, foi uma adaptação tão boa quanto o texto original. Estou imensamente grata à produtora, ao elenco, ao John Green e a todas as pessoas que tornaram “A Culpa é das Estrelas” essa belíssima obra para a sétima arte. Altamente recomendado que prestigiem o filme nas telonas, e não ignorem as orientações sobre os lencinhos.
Avaliação:
"Engarrafamos TODAS AS ESTRELAS para vocês esta noite, meus amigos"
Imagens liberadas oficialmente para divulgação pela Fox Filmes.
Ahhh que emoção, eu assisti ontem a noite e meu deus do céu, fui dormir chorando.
ResponderExcluirNunca assisti uma adaptação tão linda e fiel ao livro, está simplesmente maravilhooooso.
Adorei sua avaliação hahaha e também sua resenha do filme.
Beijão
http://realityofbooks.blogspot.com.br/2014/06/resenha-garota-apaixonada-em-apuros.html
Maravilhoso e difícil de desapegar né? <3
ExcluirDani,
ResponderExcluirEstou sem palavras para descrever como você me deixou muito mais ansioso para assistir ao filme! Não tive a sorte de ir no cinema :( Esperarei ele ser distribuído na internet! rs
Porém, eu confesso que já sei as minhas reações. Tenho plena consciência de que estarei no time daqueles que usaram os lencinhos.
A Culpa é das Estrelas é um dos livros mais lindos que já li e só estou aguardando para tirar as mesmas conclusões do filme! Confio em sua opinião! rs
Beijos
http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com/
Dri, foi uma feliz coincidência eu ter assistido ao filme, ou talvez eu esteja destinada à essa história. Enfim, foi uma excelente experiência e também já estou louca para assistir ao filme novamente (eta apeeego) é uma tragédia nossa cidade não ter um cinema! Você vai amaaaar eu aposto!
ExcluirDani, eu assisti há algumas horas e achei muito bem adaptado tb. Não reparei em todos os detalhes que vc reparou, dessa vez vc foi mais 3D do que eu, mas ao ler sua resenha revivi um monte de coisas. Concordo com vc sobre as atuações, todos foram maravilhosos. Eu vou continuar preferindo o livro um milhão de vezes, mas é pq eu sou assim mesmo. O filme não deixou NADA a desejar. Mesmo na ausência da adaptação do Issac e do tratamento do Gus (e como foi isso tanto pra ele quanto pra ela), acho que o todo não deixa nenhuma sensação faltando.
ResponderExcluirMelhoras com o resfriado.
Para mim, livro e filme entraram para os favoritos em suas categorias, Mai. Eu me surpreendi em como eu fiquei envolvida durante a exibição, tive que parar um bom tempo para recapitular tudo antes de fazer a resenha. Realmente NADA a desejar. Quem quer melhor complemento tem mesmo que ler o livro. Mais uma vez de coração partido e ao mesmo tempo inteira. :) Obrigada, Mai! <3
ExcluirOi Dany, tudo bem?
ResponderExcluirAinda não vi o filme, e acho que só irei semana que vem #chora. Mas nossa, estou vendo opiniões positivas sobre o filme e ficou realmente feliz. Para nós, leitores, é muito gratificante ver um livro ser adaptado fielmente, e mesmo que mudanças sendo inevitáveis, ela não descaracterizam. Gostei muito da sua crítica sobre o filme, fico ainda mais ansiosa para assistir. E nossa, acho que até eu vou chorar nesse filme, vamos ver.
Beijinhos e melhoras!!
Rafaella Lima
http://vamosfalarlivros.blogspot.com.br/
Oi Rafa! Prazer ter você por aqui. :) Vai valer muito a pena a espera, pense assim! Fico muito feliz que tenha gostado da minha crítica e espero que ela corresponda à sua experiência quando puder assisti-lo. Obrigada!!!
ExcluirEu adorei sua resenha inteira, e parabéns pela maneira que você realmente se dedica em seu blog. É a primeira vez que o visito mas só por esse post eu já senti o quanto você quis descrever cada pedacinho do filme até conseguir dizer tudo que queria, parabéns de verdade!
ResponderExcluirComo você já viu no meu blog haha, eu já fui duas vezes e pretendo ir mais até não poder, o filme é maravilhoso, foi exatamente como você disse "A emoção de ver cada linha que John Green escreveu ali" o filme foi fiel como nenhum outro foi, e pra quem leu o livro e amou não tem alegria maior.
www.naoruiva.blogspot.com
Ah! Obrigada, Nicole!!!! *-*
ExcluirSe eu não morasse em uma cidade tão isolada com certeza daria um jeito de assistir o filme todas as semanas enquanto ele estivesse em cartaz. [risos] Não tem como mensurar essa alegria com o resultado!
Oi Dany! Ok, vamos comentar por partes então kk
ResponderExcluir"Imaginem a minha alegria que não cabia em mim ao ver o texto do filme seguir exatamente o tom da narração do livro. Estavam ali praticamente todas as linhas escritas por John Green: os pensamentos de Hazel, as frases marcantes, as metáforas, os encorajamentos."
EXATAMENTE ASSIM QUE EU ME SENTI! Eu estava quase pulando no cinema de felicidade! Cada vez que havia uma fala ou pensamento igual ao do livro eu tinha um ataque de perfeição!
"A cena na Casa de Anne Frank, por exemplo, superou todas as minhas expectativas e eu quase me afoguei em lágrimas com as colocações das passagens de “O Diário de Anne Frank” durante as cenas. "
Sim, na minha opinião a melhor cena do filme! Ficou muito perfeita! Não chorei, mas fiquei agoniada junto com a Hazel enquanto ela subia, e orgulhosa quando ela finalmente conseguiu!
"Quando acontece o beijo, enquanto todos gritavam, eu vazava pelos olhos, ficando sem ar literalmente e pensando sobre o que estaria passando pela cabeça de Gus... "
Ninguém gritou na minha sessão, mas teve uns assobios haha. Eu nem consegui pensar em gritar, chorar ou nada, eu estava extasiada! FOI MUITO PERFEITA ESSA CENA!
"Eu achei bem interessante e fofo a forma como eles retrataram a troca de mensagens entre Hazel e Gus. "
SIM SIM SIM! Quando a primeira mensagem apareceu eu fiquei "AI MEU DEUS, VÃO FAZER AS MENSAGENS ASSIM!"
Não cheguei a precisar de lencinhos, chorei pouco no filme, e a maioria foi no final, o que me rendeu um belo visual pós-ACEDE. Eu me emocionei bastante, mas não cheguei a chorar muito, sabe? Aquela vontade desgraçada de berrar, chorar e espernear, mas você só fica parada sem nem respirar direito. Me senti assim a partir do "Não vou mais ser mãe". Me senti bem mal, porque fui com a minha mãe, e ela estava tipo muito abalada. Sou filha única. Ela me contou depois que ficou se colocando no lugar da mãe da Hazel.
No fim acabei chorando só quando cheguei em casa e refleti sobre o filme.
Dany, adorei a resenha, ficou perfeita!
Beijos.
Ai que liiinda! <3 Adorei a interação. Eu achei que me seguraria melhor, fiquei surpresa com o quanto tudo me afetou! Também acho que a cena da Casa de Anne Frank foi uma das melhores.
ExcluirEu sei, aquela cena antes dos elogios é muito dolorida também. Também sou filha única... imagina só!
Obrigada, pelo mega comentário, Cassy! <3
Olá Daniela, li sua avaliação e fiquei mais emocionada e entusiasmada, pela sua análise o filme parece ser bem fiel ao livro. Parabéns pelo texto, realmente ficou ótimo, in(felizmente) você me deixou mais curiosa pra vê-lo, pena que aqui não é possível assisti-lo ainda. Abraços!
ResponderExcluirUma pena mesmo, Joyce. Poder assisti-lo foi como um presente do acaso. Por sorte eu tinha que estar em Salvador na data, é uma vergonha aqui não ter seque um cinema, mesmo que cobrasse mais caro (e ainda assim isso não seria justificativa). Espero que possa assisti-lo em breve!
ExcluirUma coisa linda que todos os diretores que fazem adaptações de livros devem fazer: LER OS LIVROS.
ResponderExcluirAi esse filme é lindo
http://penelopeetelemaco.blogspot.com.br/