Título/Título original: Contos de A Seleção / The Selection Stories
Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Ano de lançamento: 2014
Status: Livro em série
#1 A Seleção
#2 A Elite
#2.5 Contos de A Seleção
#3 A Escolha
Páginas: 360
Onde encontrar: Saraiva, Submarino, Americanas
Como o próprio título já diz, é
um livro de contos... e algumas cositas
mas! É altamente recomendável que seja lido somente após os dois primeiros
volumes da trilogia, pois contem passagens cruciais que, se lidas previamente,
afetam o elemento surpresa no curso da história.
Em “O Príncipe” temos uma
narração sobre o ponto de vista do Príncipe Maxon. Acontecimentos anteriores ao
início da Seleção e como ele lidou com os primeiros eventos da competição. Percebemos
melhor a personalidade gentil e, inicialmente, ingênua de Max e também sabemos
quais são suas perturbações com os acontecimentos futuros. Além disso, fiquei com remorso pelo que Maxon, provavelmente, descobriria mais adiante.
Uma nova personagem é apresentada
aqui. Daphne, a princesa da França. A única pessoa que Maxon pode considerar
como amiga durante toda a sua vida, mesmo que tenha visto poucas vezes. Mesmo
com os choques culturais os dois parecem se entender, mas parece que a Seleção
é uma barreira grande demais para lidar.
Foto de Thais Teixeira |
Podemos ter uma noção melhor da
relação de Maxon com seus pais e com os criados do palácio, bem como ele se
relaciona com algumas das selecionadas, incluindo America. Já havia lido anteriormente a versão digital do conto e fiquei muito mais feliz com a versão estendida do livro físico, aliás, acho até que, se não me falha a memória, esta é uma versão estendida não apenas no final. Tive a impressão que algumas passagens foram inclusas pelo meio do conto.
Em “O Guarda” são narrados
acontecimentos que se desenvolvem em meados de “A Elite”, dessa vez sob o ponto
de vista de Aspen Leger. Assim como no conto anterior é possível perceber o
traços da personalidade de Aspen na narração: força de vontade, autoconfiança,
precisão e uma mistura de revolta e esperança. Curiosamente, o oposto do que
Maxon era no início, como é retratado em “O Príncipe”.
Aspen é um rapaz determinado e
amoroso. Suas atitudes e reações nos episódios que acontecem neste conto
provocaram em mim, certamente, duas impressões: a) ele é uma boa pessoa, ótimo
filho, amante e amigo e b) Aspen pode ser irritantemente arrogante, e seu ego
infla com facilidade. Entretanto ele nunca abandona o pensamento de que
continua a ser um Seis, mesmo que seja um Dois desde o recrutamento.
O mais interessante desse conto é
a visão. Temos a chance de conhecer vários ambientes do palácio e como são as
relações nele: o gabinete do rei, os aposentos dos soldados, a cozinha... Temos
mostras mais claras de como é o tratamento entre o Rei Clarkson, seus
empregados e Maxon. Vemos a impressão que a Seleção causa naqueles que
trabalham no palácio. Temos uma noção do jogo político de Illéa. Presenciamos
os ataques rebeldes, na pele de quem precisa estar envolvido na ação. Enfim,
esse conto é um prato cheio! Para ser honesta, é a história da "trilogia" que mais se encaixou como distopia, na minha opinião.
Em termo de predileção, eu gostei
mais de “O Guarda” pelo todo da história, com uma ressalva à minha relação de “amor e
ódio” com o Aspen. Apesar das personalidades dos narradores (Maxon, Aspen e
America) serem bem marcados entre os contos e os livros eu senti falta de uma
inovação ou marca na forma de narrar que os tornassem mais distintos. Entendem?
A forma de narração de “A Seleção” é a mesma de “O Príncipe” que é a mesma de “O
Guarda”, é como se os três narradores pensassem da mesma forma e vissem as
coisas do mesmo jeito, apesar de se comportarem de maneira diferente.
Não sei se estou sendo clara no
ponto que quero chegar. Assim, os julgamentos e reações entre os diálogos são
muito parecidos, a forma como os pensamentos entram na narração são parecidos,
mesmo que resultem em ações bastante divergentes. Espero que tenha me feito ser
entendida. Enfim, nada muito crítico para a história, mas demonstra uma
linearidade muito grande na escrita da Kiera.
Além dos contos, temos algumas
curiosidades muito interessantes sobre a história das famílias Singer,
Schereave e Leger acompanhadas de arvores genealógicas. Uma entrevista fofa e interessante com a Kiera Cass. Uma
lista com informações básicas sobre as 35 garotas da Seleção. A playlist dos
dois primeiros livros. E os três primeiros capítulos de “A Escolha” o volume de
encerramento, e isso é uma maldade! Graças a Deus eu já estava com o e-book de “A
Escolha” quando finalizeis os benditos 3 capítulos, do contrário teria
arrancado meus cabelos. De toda forma, logo mais trago para vocês a resenha do último livro da trilogia. ;) Voltando ao livro de contos, a diagramação ficou bem legal, apesar de que eu soube que ela é bem mais simplificada que a norte-americana, e está capa é sensacional, adorei o close! Não percebi erros de revisão, não.
Conclusão: “Contos de A Seleção”
é um livro que todo fã da trilogia precisa ter e mesmo quem não é fã deveria
ler (após ler os dois primeiros, eu retifico) porque vale muito a pena!
Avaliação:
Olá
ResponderExcluirEsse eu li na semana passada e adorei poder saber a visão do Maxon e do Aspen sobre tudo isso, a autora teve uma ideia simplesmente brilhante em escrever esse livro para a Trilogia, super necessário.
Sua resenha ficou ótima haha adorei.
Beijão
http://realityofbooks.blogspot.com.br/2014/06/resenha-quarto-escuro-claudia-tauolis.html
Obrigada Catharina, realmente uma ótima ideia da Kiera. Eu estou ansiando por "The Queen".
ExcluirAh eu amo essa trilogia!
ResponderExcluirEstou com o e-book do ultimo volume também, mas ainda não tive coragem de fechar esse ciclo!
Eu comecei a ler o Guarda, mas abandonei por uma razão simples: eu odeio o Aspen!
Ótima resenha.
Bjs...
anna-gabby.blogspot.com
Foi doloroso fechar essa trilogia, eu não esperava por isso! Bom, eu nunca odiei o Aspen.
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