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24 de junho de 2014

Resenha #15: Seraf e os artefatos místicos: Controlador de Mentes - Gabriel Edgar

Título/Título original: Seraf e os Artefatos Místicos - Controlador de Mentes
Autor: Gabriel Edgar
Editora: Guiarts Produtora
Ano de lançamento: 2013
Status: Livro em série
#1 Controlador de Mentes
#2 Não divulgado
#3 Não divulgado
Páginas: 156
Skoob: Link1 
Onde encontrar: Aqui


Seraf é um jovem que vive em Rudgard uma província da Terra Prospera, órfão de mãe ele vive com o pai John e sob olhares cuidadosos do Regente Lauren e do ferreiro Will. Numa noite tempestuosa ouvem-se gritos aos redores do castelo do regente, ao sair numa busca com seu pai e Lauren, Seraf descobre um corpo alvejado e enterrado junto com a flecha há um bilhete informando do retorno de um grande inimigo do Rei Mark: Spardian.

Sob essa tensão de ameaça, as tropas de defesa em toda a Terra Prospera ficam alertas. Seraf fica muito interessado em se preparar para a batalha em defesa de Rudgard, mas como acaba de completar 15 anos ele ainda sequer foi treinado em seu ofício de escolha, mas ele é um aprendiz bastante empenhado e talentoso, fazendo progressos surpreendentes no pouco tempo que resta até a guerra eminente. Acontece que Seraf descobre mais do que o fato de possuir habilidade com a espada, ele tem uma relação com os elementos que vai além do esperado.

Enquanto é treinado por Hako, um Mestre Monje, Seraf irá descobrir muitas coisas sobre o passado da Terra Próspera e de seus habitantes: criaturas mágicas como os Trants, armas de grande poder conhecidas como "Artefatos Místicos", e a razão de Spardian ser tão poderoso e ter se tornado o maior inimigo do Rei Mark. Mas o trinamento deve ser finalizado antecipadamente, quando as forças de Spardian ficam mais próximas e ameaçadoras do que o esperado. Seraf, Hako e Kathrina embarcam num plano de espionagem de última hora: arriscado, intenso, regado a desconfianças, perseguições, feitiçaria e batalhas. Rumo à fortaleza do inimigo.

É um livro bastante curto, então a leitura é rápida. A linguagem é fácil, mas condizente com a ambientação medieval da história, entretanto a narração possui algumas inconsistências. Os acontecimentos são narrados em primeira pessoa e, predominantemente, sob o olhar de Seraf. Entretanto, existem situações em que a narração dele não é apropriada, por exemplo, ele está desmaiado, mas continua ciente das movimentações e diálogos à sua volta. Falhas desse tipo acontecem em três pontos da história que pude perceber e atrapalharam um pouco a fluência da minha leitura, por abalar a lógica sequencial. 

Eu, particularmente, gosto de história e percebi que Gabriel Edgar realmente se dedicou na construção dos cenários e no uso de vocabulários condizentes com o período em que a história é retratada. Tive amigos leitores que compartilharam a leitura desse livro comigo e aqueles mais adeptos de histórias medievais gostaram. Inicialmente eu estava bastante empolgada com a leitura, mas após a primeira metade percebi que meu entusiasmo reduziu consideravelmente. Há mistério que sustenta a história, mas eu não consegui me prender, mas preciso dizer que alguns dos amigos que o leram tiveram uma opinião diferente da minha aqui. Os capítulos finais conseguiu capturar minha atenção novamente, mas não possui grandes reviravoltas. Gabriel é talentoso, jovem e apaixonado, muito capaz de melhorar sua história, que tem potencial, porem ainda está com as estruturas frágeis.

O livro, fisicamente falando, é muito bonito: a arte da capa, os efeito dourado do título, o tipo de papel amarelado e grosso das páginas, as ilustrações estilizadas, são pontos positivos e admiráveis. A diagramação do texto interior é feita em uma fonte diferente das que comumente são utilizadas, uma fonte grande e bonita, mas que eu não achei muito confortável para a leitura. Os capítulos são bem divididos e curtos,introduzidos por um título bastante relacionado. 

Enfim, para leitores que gostam de histórias medievais bem ambientadas e que não sejam extremamente críticos quanto a alguns aspectos que citei - lembrando que são opiniões baseadas na minha experiência de leitura - eu recomendo o livro. É uma produção independente, então é compreensível que ainda haja certas falhas. Acredito que uma editora nacional deveria dar uma chance ao trabalho do Gabriel, pois ele tem muito potencial.

Avaliação:

22 comentários:

  1. É mais infanto juvenil? Esse gênero vem crescendo inclusive os adultos como eu se interessam..rs. Mas imagino que fãs de desenhos animados com lutas vão se encantar mais ainda. Fiquei curiosa agora, queria ver em minhas mãos..rs.

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    1. Não... acho que é mais YA. Tem passagens um pouco fortes para o público infantil, sabe?

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  2. Não conhecia o livro mas amo o gênero! Fiquei bem interessada!

    Achei seu blog pelo Livros y Viagens da Aline! preciso de dizer que AMEI, já estou seguindo e se quiser conhecer o meu cantinho também sera super bem vinda.

    Beijos Joi Cardoso
    Estante Diagonal

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    1. Oi Joi! Obrigada pela visita. Quem bom que o livro te interessou. Conheço seu blog, faço umas visitas lá por vazes. Muito bom, está de parabéns!

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  3. Oi Dany, não me interessei muito pela história, mas a sua resenha está muito boa!!

    Beijinhos,

    Rafaella Lima
    Vamos Falar de Livros?

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  4. Não sei se leria o livro, mas parece legal..

    Beijos Fê ;*
    http://fernandabizerra.blogspot.com.br

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  5. Gosto de histórias medievais.
    Leria esse livro com certeza! Espero que em breve alguma editora dê uma chance ao autor.
    Beijoos

    Lara - Magia Literária
    http://www.magialiteraria.com/

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    1. Eu também espero, Lara, o Gabriel merece mesmo uma chance.

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  6. Acho que nunca li sobre isso não :/ mas um dia eu posso ler :D Gostei da imagem do livro :D
    bjs

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    1. Ele é muuuito lindo esteticamente, isso é fato!

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  7. Adoro livro medievais, e acho que iria gostar desse... ou não kkkkk
    Mas a capa é linda, vou procurar saber mais da história

    Beijos
    http://www.sacudindoaspalavras.com.br/

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  8. Parece que é um livro bem bom, no geral, porém creio que não consiga ler por causa dessas "falhas lógicas"... não conseguiria aceitar, ainda mais uma assim. Como alguém pode desmaiar e continuar narrando? Pode ser frescura minha, mas sou extremamente apegada a detalhes.

    Devaneios Estrellares

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    1. Eu entendo, fiquei um tanto incomodada também... Mas consegui seguir com a leitura.

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    2. Olá Sté Estrella. Não são falhas. Seraf é um narrador personagem, portanto onisciente. Quem leu a obra com atenção perceberá que ele está recontando a história em um caderno que leva sempre consigo. Portanto, o livro que você leu/lerá é como se tivesse sido uma história escrita por ele. Portanto, não são falhas que se encontram, e sim peculiaridades da passagem do tempo e do decorrer da história. Como ele é narrador personagem, depois de desmaiado, não está de acordo que se ele não continuasse a contar a história ela acabaria no ponto em que desmaiou, e voltaria apenas depois, retirando grande parte das narrações e acontecimento pertinentes ao leitor? Portanto não é uma falha.
      Espero ter esclarecido a questão.

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    3. Oi Gabriel, fico contente com sua presença e interação aqui no espaço. Reconheço que no todo a malha narrativa da história é bem tecida, a estratégia dos sonhos de Seraf e da introdução da narrativa de outros personagens em alguns momentos foram bem utilizadas, bem como o recurso do caderno em que ele relata alguns acontecimentos. Mas ainda sustento minha opinião sobre o exemplo que citei, pois acho que ele não se encaixou adequadamente na história, mesmo se fosse uma passagem narrada como escrita por Seraf em seu caderno, e ela não é. Aprecio seu esclarecimento e espero que considere minha observação sob uma óptica reparativa e construtiva, que é a minha intensão. Afinal, respeito e dou suporte ao seu trabalho.

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  9. Gostei bastante da resenha, mas acho que esse livro eu não iria gostar. Sei lá estou em uma fase um pouco diferente.
    Mesmo assim , parabéns !
    beijinhos

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  10. Não leio muito histórias medievais e essa livro me atraiu, mas não me atraiu ao mesmo tempo kkkkk Eu gostei da sua resenha, achei bem bacana a foto da ilustração que você colocou na resenha, gosto de livros ilustrados, ganham um encanto a mais, no entanto, como eu não sou muito de ler livro desse gênero, eu não sei se iria gostar, também fiquei com um pé atrás ao ver que no meio do livro, o autor pecou em algumas coisas e acaba que o leitor não consegue mais ficar tão entretido na história, sem contar que o livro não possui uma reviravolta, o que faz com o que leitor, ao meu ver, fique decepcionado :c Mas enfim, eu gostei muito da sua resenha oo/

    Beijos :*
    Larissa - Srta. Bookaholic

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    Respostas
    1. Olá Larissa! Acontece que o livro faz parte de uma sério. O segundo, inclusive, já está pronto, esperando apenas a edição. Preferi deixar as partes mais tensas para os outros livros, dividindo assim os pontos críticos. Em primeiro lugar introduzi Seraf em seu mundo, seu cotidiano e coisas mais. Mas a história não acaba no livro um, e muito menos as reviravoltas que parecem ter sido "esquecidas".
      Espero ter esclarecido.
      Abraços.

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    2. Sim Larissa, como o Gabriel esclareceu acima, este é um livro introdutório, e não é que não tenha reviravoltas é apenas que elas não são tão drásticas. Há sim alguns mistérios em meados da leitura, até mesmo algumas revelações. Não quis dizer que não haviam, apenas que não foram tão atrativas para mim como leitora, pois como citei, pessoas próximas a mim o leram e tiveram reações diferentes.
      Gabriel, obrigada mais uma vez pela sua interação.

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