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25 de julho de 2014

Especial #21: Semana O Ciclo da Morte - Entrevista + Conto EXCLUSIVO!



Primeiramente, hoje é um dia especial para o mundo literário e para a humanidade em geral. Hoje é uma data para lembrar a importância dos escritores. Pessoas que registram acontecimentos, ideias, histórias para que pensamentos e conhecimentos não se percam, para que a vida seja lembrada constantemente, porque às vezes, mesmo vivendo, esquecemos dela ao nosso redor.


Além disso, nós, leitores, sequer existiríamos se não fossem essas pessoas capazes de lidar com as caprichosas palavras, alimentando nossos desejos, nossas vidas. Parabéns queridos escritores! 


Agora, vamos chegando ao fim dessa semana. O lançamento do livro "O Ciclo da Morte" será hoje, no evento da Semana do Livro Nacional em Belo Horizonte-MG, e para fechar com chave de ouro, vamos angariar mais algumas informações sobre o livro! 



Entevista


1- Quem é Thais Lopes ? (Yasmin, Miih e o Mundo Literário)

Thais Lopes: Uma louca sonhadora, que não sabe viver sem seus livros e sua música. Sou uma pessoa que acima de tudo quer viver, aproveitar todas as chances e oportunidades que tiver, e correr atrás dos meus sonhos e daquilo em que acredito, sem me importar se dizem ser difícil ou até mesmo impossível.

2- Como surgiu a ideia desse livro? (Suelen, Era Uma Vez Um Livro)

Thais Lopes: De uma conversa no celular, com uma amiga. Brincando, ela perguntou “imagina dividir o apartamento com um vampiro?” e 5 minutos depois eu estava escrevendo a cena da primeira conversa de Lucio e Kelene no apartamento. E então uma amiga postou o começo de um livro dela (Amor e Morte, da Letícia Marques) e a ideia terminou de criar forma.

3- O momento mais crucial na criação de O Ciclo da Morte?  (Yasmin, Miih e o Mundo Literário)

Thais Lopes: Quando eu entendi qual era a relação da Kelene com o Inominável. A partir daí tudo virou praticamente uma bola de neve, todos os detalhes se encaixando e fazendo sentido.

4- O que os leitores devem esperar do seu livro? Muito romance? Muita ação? De seu ponto de vista.  (Yasmin, Miih e o Mundo Literário)

Thais Lopes: Eu não escrevo romance, não no sentido de montar a história já pensando no casal ou no triângulo amoroso ou qualquer coisa do tipo. Eu tenho histórias a contar, e acontece de elas terem alguma coisa de romance no meio. Então falando assim, eu diria que, com certeza, mais ação que romance.


5- O que você espera que leitores sintam ao ler o seu livro? (Suelen, Era Uma Vez Um Livro)

Thais Lopes: Espero que consigam mergulhar na história, da mesma forma que eu mergulho quando estou escrevendo, e que consigam tirar dela alguma coisa para levar para a vida (ser fantasia não impede isso haha)

6- Qual é personagem favorito? Por quê? (Karyne, My Little Metaphor)

Thais Lopes: Semele. Pela força que ela tem, a forma de sempre seguir em frente não importa o que aconteça. Ela não pára para pensar, ela simplesmente vai e faz. Ela apareceu pouco em O Ciclo da Morte, mas vão ver mais dela no próximo.

7- Qual a sua frase favorita?  (Suelen, Era Uma Vez Um Livro)

Thais Lopes: “É preciso ser um bardo antes de ser um sacerdote, pois a música é uma das chaves para as leis do universo.” – Marion Zimmer Bradley

8- Uma frase para o Dia do Escritor? (Bia, Malucas Por Leitura)

Thais Lopes: Criar vidas, viver sonhos... Não apenas uma profissão ou um dom, mas sim uma paixão.

Conto Exclusivo!



Esta cena se passa 2 anos antes da história de O Ciclo da Morte, e foi escrita para a semana de divulgação do lançamento do livro. Foi uma das primeiras cenas com a Kelene que escrevi (rascunhei), e me ajudou bastante a entender a personalidade dela, mesmo não tendo entrado no livro.

Aniversário

A vida é feita de escolhas. E cada uma delas tem o potencial para afetar não apenas a nossa própria vida, mas também a de todos ao nosso redor. Eu deveria ter me lembrado disto. Nunca se escapa das consequências, não importa quando tempo se passe.
Engolindo as lágrimas, eu olhei para meu celular mais uma vez. Dezenove chamadas não atendidas. E este número só iria aumentar. Não era para ser assim. Este dia deveria ser feliz, cheio de comemorações. Meu aniversário de dezoito anos. Ao invés disso, eu estava pagando o preço pelas minhas escolhas.
Meus pais estavam mortos. Eu tinha sido acordada pelo toque do celular, a voz impessoal do outro lado me dando a notícia. Um acidente de carro, disseram. Eles haviam morrido na hora.
Eu tinha me esquecido... Ou melhor, tivera esperanças de que apenas eu seria afetada. Ilusão. Tinha feito minha escolha, renovado um juramento que eu sabia que me prenderia por toda a minha vida, mais uma vez.
“Você saberá quando chegar a hora de fazer sua parte.”
As palavras frias da Morte estavam gravadas em minha memória. Eu só não tinha esperado que outras pessoas pagassem por minha escolha.
- Kelene?
A voz que me chamava era familiar, e eu levantei a cabeça para encarar Artur. Um colega da faculdade, apenas isto. Ele hesitou, antes de vir se sentar ao meu lado.
- Eu soube. – ele murmurou. – Não imaginei que te veria aqui hoje.
- Não, eu deveria estar no velório, não é? – minha voz era amarga, eu sabia que a culpa era minha, mesmo que ninguém mais suspeitasse. – Assistir enquanto todos aqueles abutres fingem se importar comigo, fingem que se importavam com meus pais, mas no fim das contas só querem estar próximo de quem tem o dinheiro.
Kelene
Artur arregalou os olhos, mas não discutiu. Era por isto que tínhamos nos tornados amigos, até certo
ponto. Ele também percebia os jogos de interesse e os desprezava.
O celular vibrou, e eu o desliguei. Não atenderia as ligações de condolências. Não responderia aos que perguntavam onde eu estava. Eu não tinha o direito de estar no velório, nem de chorar por eles. Um acidente, diziam. Mas eu entendia. Aquilo era apenas uma forma conveniente de disfarçar o que realmente acontecera, esconder qualquer estranheza.
A Morte sabia que eu entenderia o recado.
Balançando a cabeça, eu me levantei, sem falar nada. Ainda senti os olhos de Artur nas minhas costas enquanto ia em direção à saída da faculdade.
Era hora de cumprir minha parte do acordo.

10 comentários:

  1. Oi Dany, gostei muito das entrevistas... nossa, adorei que a escritora tenha tirado a ideia de uma conversa no celular. Fiquei bem interessada nesse livro. Aguardarei a resenha.

    Beijinhos,

    Rafaella Lima
    Vamos Falar de Livros?

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    1. Pode deixar, Rafa, quando tiver a resenha eu lhe falo!

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  2. Eu gostei bastante da entrevista, achei super bacana as respostas da autora, quanto ao livro, eu não me interessei por ele, a capa me afasta e não me atrai, achei ela feia e a sinopse não me deixou interessada também :c Mas enfim, adorei o post o/

    Beijos :*
    Larissa - Srta. Bookaholic

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    1. A capa não é das mais bonitas que já vi, mas achei legal. Já no meu caso a sinopse me atraiu bastante.

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  3. Minha nossa, ela é cheia de ideias em?! rs
    Gostei da entrevista e de saber mais sobre este livro que esta me deixando com água na boca.

    Beijos
    http://fernandabizerra.blogspot.com.br

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    1. Ficar com água na boca por um livro é sempre uma boa! hahahaha <3

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  4. Oi, estou vendo muitos posts sobre esse livro, mas é o primeiro que vejo com entrevista e com o conto exclusivo. A propósito, adorei o conto.

    eueminhapequenaestante.blogspot.com

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    1. Instigante o conto não é? Eu já fui me interessando com vários aspectos do livro e o conto me deixou mais à vontade ainda com a narração.

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  5. Oii Dany
    Adorei a entrevista!
    E que capa linda desse livro *o* Quero ler ele

    Beijos
    http://www.sacudindoaspalavras.com.br/

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    Respostas
    1. Acho que teremos resenha dele aqui em breve, Dee!

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