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15 de maio de 2014

Entrevista #3: Marcelo Mússuri

Olá queridos! Como vocês têm passado? Estão gostando das atividades que estamos realizando para a Ação? Espero que sim, porque eu e os demais blogueiros estamos muito animados com tudo isso! Para hoje eu preparei para vocês uma entrevista muito especial!

O convidado de hoje é o Marcelo Mússuri, além de muito talentoso, simpático e dedicado, ele foi o primeiro autor a se tornar parceiro do ATLT e isso me honrou muito por sua confiança! Espero sinceramente que essa amizade tenha te alegrado tanto quanto a mim, Marcelo! Vamos ver o que esse moço aventureiro e curioso tem a nos dizer?





Quem é? Marcelo Mússuri é carioca radicado na Bahia, pai de quatro meninos e apaixonado por história militar desde a infância. Numa tranquila manhã de domingo, sua esposa perguntou puxando assunto enquanto preparavam o café: "Se você tivesse a chance, o que realmente gostaria de fazer pelo resto de sua vida? Esqueça seus 36 anos e me diga o que faria se tivesse apenas 16!", concluiu com um sorriso. "Quero ser escritor". Desse dia em diante começou a escrever a trilogia Calicute e não parou mais.



ATLT: Qual a sua formação? História era sua disciplina preferida na escola ou você descobriu isso posteriormente? 
Marcelo: Sou publicitário. Já entrei e saí da faculdade centenas de vezes. Administração, Adm. com Análise de Sistemas, Finanças, Arquitetura e Direito foram algumas que iniciei e abandonei. Sou muito curioso e escolher uma profissão só era um grande castigo. A cada semestre surgia alguma estrada aparentemente melhor para seguir. Também perco a atenção e o interesse mais rápido do que gostaria e isso acaba me desmotivando a seguir em frente. Uma das coisas bacanas de escrever é que eu posso viver várias vidas diferentes ao mesmo tempo. Hoje estou cursando História e estou gostando muito. 
Sim! Sempre gostei muito de história.

ATLT: Como se envolveu com o contexto histórico para a criação de “A Casa de Avis”?
Marcelo: Os épicos são meus favoritos. Acho que não escolhi o tema, ele que me escolheu, porque eu sempre procurei uma aventura histórica ambientada à nossa realidade e que possuísse uma áurea Arturiana. 

ATLT: Quando começou a escrever? Quanto tempo levou escrever “A Casa de Avis”, como foi essa experiência?
Marcelo: Quando eu era garoto, ganhei um caderno e uma caneta para rabiscar. Lembro que escrevi um livrinho chamado: As Aventuras do Gato de Pano. Contava a vida de um gato de pano que vivia esquecido em cima do armário e ninguém ligava mais para ele. O livro era tão ruim que a minha mãe jogou fora alguns meses depois. :D
Falando da Casa de Avis: Demorei três anos entre a pesquisa e a publicação. Foi sensacional. Tive a sorte de contar com todo o apoio necessário da minha esposa para seguir em frente e no dia que recebi o livro prontinho aqui em casa, foi o dia que me senti mais realizado e aterrorizado profissionalmente.

ATLT: Qual a sua inspiração para escrever? Tem algum autor como referência?
Marcelo: Muitos! Acho que todos os autores que já li até agora servem como inspiração. De certa forma a maneira que contamos nossa história é influenciada por tudo que já tivemos contato.

ATLT: E quando as distrações surgiam, a preguiça batia a sua porta e a inspiração lhe fugia. Nessa hora, qual era/é seu refúgio?
Marcelo: Não tive problema com a preguiça. Lembrar da minha esposa trabalhando para sustentar a nossa família e esse meu grande sonho, já era motivo suficiente para mantê-la bem longe. Tomar um banho, beber água e ficar cara-a-cara com o texto também são ótimos remédios para não perder o foco. 

ATLT: Pode dizer quais são os planos para o direcionamento da Trilogia Calicute? Já começou a escrever o segundo livro? Como foi/tem sido?
Marcelo: O que posso dizer é que Jaime se transformou depois de tudo que viveu. Ninguém atravessa períodos de tanta brutalidade sem trazer marcas profundas em sua alma. No livro II ele embarca em mais uma aventura naval. Dessa vez junto a expedição Cabralina, só que agora, o mal tomou conta dele.
Estou completamente empenhado na finalização desse projeto. O objetivo é lançar um livro por ano. O segundo está previsto para março de 2015 

ATLT: Como se sente estando inserido no cenário literário nacional? Foi muito difícil no início com o processo editorial e o público? O que você espera da produção literária brasileira?
Marcelo: Eu estou adorando essa nova caminhada. Acho que mais difícil foi acreditar que era possível. Espero que a cada dia o Brasil continue descobrindo o amor pela literatura. 

ATLT: Você me disse certa vez que as garotas têm sido mais corajosas em relação “A Casa de Avis”, por quê? Como tem sido a relação com os leitores?
Marcelo: Você tem uma memória boa! rsrs Sim! As garotas estão demostrando muita coragem e estomago forte para as cenas de violência e batalhas. Confesso que quando escrevi, eu pensei que os rapazes fossem se identificar mais com a história, mas com os relatos que tenho recebido diariamente, as meninas não ficam atrás em coragem.

ATLT: “A Casa de Avis” está chegando a Portugal, o que você espera como reação do público cuja história do país você narrou? 
Marcelo: Acho que vai ter gente que vai amar e vai ter gente que vai odiar. É assim com tudo. A gente nunca vai agradar todo mundo. O importante é que me esforcei para trazer uma nova perspectiva sobre esses fatos tão importantes para a formação do nosso país e tentei fugir daquela pecha comumente imposta pelo eixo anglo-saxônico. Os heróis brasileiros e portugueses são tão fascinantes como quaisquer outros!

ATLT: Na infância, como era a sua relação com os livros? Como foi o seu primeiro contato com a leitura?
Marcelo: Eu sempre gostei de ler. Eu era tímido e preferia passar o intervalo da escola lendo na biblioteca.

ATLT: Sei que essa pode ser uma pergunta difícil, mas qual o seu livro preferido?
Marcelo: Para mim não é difícil dizer quais os preferidos, mas porque são os meus dois livros preferidos. – Posso escolher dois, né? - Quando eu terminei de ler Gabriela Cravo e Canela de Jorge Amado, lembro de ter ficado com um sentimento estranho de abandono. Nos três, quatro dia seguintes, eu só pensava no livro e só queria falar sobre ele. Fiquei com vontade de viver na Ilhéus do livro para poder participar da vida de Nacib, Gabriela, Mundinho Falcão, Tonico Bastos, Quinquina e Florzinha e todos os outros. Outro livro absurdamente marcante foi Azincourt do escritor britânico Bernard Cornwell. Quando terminei de ler esse romance histórico fiquei com vontade de morrer para nascer Bernard Cornwell.

ATLT: Qual livro nacional você recomenda? Por quê?
Depois de responder a última pergunta eu me considero um pouco suspeito. rsrsrs O importante é ler. Julgar a profundidade e qualidade de uma obra, na minha opinião, é perder tempo. O importante é começar e com o exercício da leitura, naturalmente o leitor tende a refinar sua necessidade. Ninguém entra na academia levantando todos os pesos. Então, é só começar a ler até achar o que vai tocar o seu coração. Não existe certo ou errado na literatura, existe o que mexe com você.
Eu posso recomendar três livros que de alguma maneira me marcaram. Feliz Ano Velho do Marcelo Rubens Paiva, Cem Dias Entre o Céu e o Mar do navegador Amyr Klink e O Alquimista, do Paulo Coelho. Eu era muito jovem quando li esses livros e cada um à sua maneira me impulsionaram a continuar lendo. 

ATLT: Conhecendo um pouco mais do Marcelo, na visão do próprio Marcelo: Fale 5 coisas aleatórias sobre você!
Criativo, Organizado, Família, Sonhador, Sincero.

Hahahaha Marcelo, foi um prazer te ter por aqui, diverti-me muito com suas respostas! Foi legal saber sobre seu primeiro livro, sobre o próximo livro que estou ansiosa por ler, sobre seus pensamentos, muito obrigada!

Espero que vocês tenham gostado também, queridos leitores, se quiserem conhecer um pouquinho mais sobre A Casa de Avis, não deixem de conferir a resenha aqui. Além disso, participem do sorteio para terem a chance de ganhar um exemplar autografado pelo Marcelo, além de outros livros!

6 comentários:

  1. Oiee ^^
    Já tinha visto a capa desse livro na internet, mas nunca parei para conhecer melhor a história ou o autor. O livro não me interessou muito, apesar de eu ter gostado da capa, mas foi muito bom conhecer o autor. Não li nenhum dos livros que o Marcelo indicou, mas vou procurar saber mais sobre eles ^^
    MilkMilks
    http://shakedepalavras.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. É um livro muito legal, Dryh! Entre os que ele indicou já li Feliz Ano Velho e gostei!

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  2. Estou curiosa por esse livro, não é a primeira vez que vejo por isso estou animada para ler.

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  3. Esse livro parece muito bom, quero ler ele assim que possível =)
    Também já li Feliz Ano Velho e O Alquimista e gostei muito dos dois ^^
    Adorei a tua entrevista, gostei do autor!
    Beijokas

    Lara - Magia Literária
    http://www.magialiteraria.com/

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  4. Oiee ^^
    Gostei da entrevista , já li e resenhei o livro e achei bem interessante e envolvente a sua escrita . Estou aguardando ansioso ao próximo volume ;) Não sabia que iria chegar a portugal e já estou admirando bastante o sucesso do autor , ele merece ;) Espero ler em breve !
    Desejo sucesso para você e para o autor
    Beijos !

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  5. Já vi falar do livro do autor aqui em seu blog e em outras, mas eu ainda não sei se um dia vou ler o livro, pois não faz meu estilo.
    Fiquei feliz em conhecer um pouco mais sobre ele e desejo sucesso para ambos.

    Beijos
    http://fernandabizerra.blogspot.com.br/

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